“All Stars” – 1ª Temporada – Capítulo 18 – Scarlet

“All Stars” – 1ª Temporada – Capítulo 18 – Scarlet

Eu: Sério isso? Nunca te vi muito perto dela… - Ele engoliu seco, Scarlet morreu ainda criança… Porém, nunca havia visto Gregory ao menos chegar perto dela…
Gregory: Eu e ela tínhamos algo especial… Eu era… Um irmão pra ela…
Eu: Sério Gregory, isso tá cheirando a encrenca! – Torci o nariz.
Gregory: Eu estou jurando pra você, com toda minha honra, que eu amava Scarlet mais do que tudo na época…
Eu: E… E quando você some a noite inteira… - Pensei alto, porém num sussurro.
Gregory: Sim, quando eu sumo, é porque estou visitando-a, em seu descanso…
Eu: Então é você! É você que coloca aquelas flores lá!! – Ele assentiu sorrindo envergonhado.
Gregory: Eu vou lá a cada três dias trocar as flores, e quando eu to de cabeça quente… Ela me ajuda a pensar…
Eu: Me dá arrepios só de imaginar você perambulando por um cemitério a noite! Credo! – Ele sorriu.
Gregory: Me conta dela? – Ele disse num sussurro. – Eu não sabia… Mas Scarlet foi a primeira pessoa que eu amei de verdade… E na verdade, eu não sabia nada sobre ela… Mas eu a admirava… Tão pequena… E tão… Forte… - Suspirei.
Eu: Scarlet nasceu pra curar o coração ferido de todos nós… Meu irmão havia morrido, minha mãe e meu pai consideravam que… - Travei ao lembrar-se de como meus pais eram detestáveis comigo. – Consideravam que eles não tinham mais filhos…
Gregory: Mas você… - O interrompi.
Eu: Você os conheceu antes… Eles eram detestáveis! – Ele assentiu e fez um gesto com a cabeça, como se pedisse pra que eu esquecesse aquilo e continuasse a história. – Scarlet era o bebê mais sorridente e feliz que eu já vi em toda minha vida! – Meus olhos se encheram de lágrimas na hora. - E ai ela cresceu, se tornou uma criança, e foi ai que começou… Ela passou a tropeçar nas coisas, ter dores de cabeça freqüentemente, começar a chorar do nada… M-Mesmo assim, ela era feliz! Sempre que caia, levantava rindo! – Minha voz já falhava. – Nós sabíamos que havia algo errado… Meus pais conheceram muito bem o câncer depois de Peter, e lá estavam eles… No hospital todas as vezes que ela tinha uma recaída… Chorando, porém tentando passar segurança pra ela… Teve dias em que eu e Scarlet acordávamos, e ficávamos simplesmente olhando uma pra outra, e então… - Engoli seco, tentando parar de soluçar. Gregory imediatamente colocou sua mão em meu ombro, me passando segurança. – Aconteceu tão rápido que quando me dei conta… Havia flores, caixões, velas e luto!! O câncer a corroeu tão rápido! Ele a comeu tão rápido! Ele acabou com ela tão rápido! – Explodi num choro forte. Gregory me segurou contra seu peito e alisou meu cabelo até eu parar de chorar… Gregory já me viu chorar tantas vezes… Gregory já me consolou tantas vezes… Ele sempre esteve lá quando eu precisei… - Eu te amo Gregory! Eu te amo muito mesmo! – Explodi por entre as lágrimas.
Gregory: Eu também te amo… Muito! – Ele me beijou. E eu e Gregory fizemos amor, já que as palavras não eram suficientes…
***
 Acordei com o corpo todo dolorido, fiz uma careta pra sentar. Tava ardendo… Muito… Mordi o canto do lábio inferior me olhando na grande parede de espelho da sala de estar… Eu tinha várias marcas roxas por toda a perna, pescoço e busto… Sem contar nas marcas de dentes nessas mesmas partes… Nem quero ver o resto do corpo… Eu usava a camiseta preta lisa de gola V que Gregory estava usando ontem antes de tudo aquilo acontecer… Olhei para o lado, ele dormia como um anjo, só de cueca box… Sua expressão era dura, sua testa franzida como se estivesse tendo um sonho não muito bom… Acariciei seus cabelos negros e macios. Ele suspirou no sono e relaxou. Mordi o canto do lábio me sentindo ficar vermelha ao lembrar-se da noite passada. Aquele rostinho de anjo dele era só uma máscara… Ele foi tão bruto na cama que eu, entre as frases sem nexo, os gemidos loucos e desenfreados, eu o chamei de cavalo, sem querer… Ele usou aquilo contra mim…
- Eu sou seu cavalo! Cavalgue em mim!
- V-Você não é meu cavalo!
- Você mesmo disse isso agora a pouco! Vamos lá (SeuNome)! Cavalgue em seu cavalo! 
 Eu não tive como contra atacar, já que minha mente não raciocinava, e meu corpo agia por puro reflexo do prazer que ele conseguia me proporcionar…
Eu: Isso não me torna uma vadia… Torna? – Sussurrei para meu reflexo. Não foi de propósito poxa… Eu só… Não consegui segurar… E não foi por mal… Ele levou pro lado escuro, mas não foi isso que eu quis dizer… - Não foi… - Balancei a cabeça negativamente tentando convencer a mim mesma de que aquilo era bobeira…
Continua… 

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